Lula demite Silvio Almeida após acusações de assédio sexual

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O agora, ex-ministro Silvio Almeida foi demitido pelo presidente Lula na noite de sexta-feira (6), após diversas denúncias de assédio serem divulgadas pela ONG Me Too Brasil. Todas as denúncias envolvia diretamente Almeida, que vem a todo momento negando as acusações. O ministro demitido se diz vítima de armação.

Silvio Almeida estava a frente da pasta dos Diretos Humanos e Cidadania, e antes de ser demitido foi duramente criticado pelo presidente, Lula também afirmou necessário proteger as vítimas. Segundo a Folha de São Paulo, Lula criticou o fato do ministro utilizar a estrutura do ministério para se defender das acusações. O atual chefe do executivo falou que, diante da gravidade da denúncia de assédio sexual, Almeida não tinha mais condições de permanecer na pasta.

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As denúncias se tornaram públicas na quinta-feira (5/9) por meio da organização Me Too Brasil, que coleta denúncias do gênero, e foram reveladas pelo portal Metrópoles.

As vitima de Silvio Almeida envolvem diversas mulheres, entre elas, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que por meio de nota, confirmou as denúncias.

“Tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger, ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência. Peço que respeitem meu espaço e meu direito à privacidade. Contribuirei com as apurações, sempre que acionada”, escreveu Anielle, na nota pública que foi divulgada em suas redes sociais.

Nota completa

Hoje eu venho aqui como mulher negra, mãe de meninas, filha, irmã, além de Ministra de Estado da Igualdade Racial. 

Eu conheço na pele os desafios de acessar e permanecer em um espaço de poder para construir um país mais justo e menos desigual.

Desde 2018, dedico minha vida para que todas as mulheres e pessoas negras possam estar em qualquer lugar sem serem interrompidas. 

Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi.

Tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger, ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência.

Peço que respeitem meu espaço e meu direito à privacidade. Contribuirei com as apurações, sempre que acionada. 

Sabemos o quanto mulheres e meninas sofrem todos os dias com assédios em seus trabalhos, nos transportes, nas escolas, dentro de casa. E posso afirmar até aqui, que o enfrentamento a toda e qualquer prática de violência é um compromisso permanente deste governo. 

Sigo firme nos passos que me trouxeram até aqui, confiante nos valores que me movem e na minha missão de trabalhar por um Brasil justo e seguro pra todas as pessoas.

Anielle Franco
Ministra da Igualdade Racial

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