São Paulo- A Justiça da Argentina emitiu 61 mandados de prisão contra brasileiros foragidos que se escondiam no país vizinho. Com essa medida, o Brasil intensifica a busca por esses criminosos, visando capturá-los e levá-los à Justiça brasileira, mesmo que estejam no exterior.
A decisão é do juiz da 3ª Vara Federal da Argentina, Daniel Rafecas, e ocorre após a embaixada do Brasil em Buenos Aires enviar 63 pedidos de extradição para a chancelaria argentina, a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que é o relator das ações penais do 8 de janeiro na Corte.
Um dos foragidos da justiça brasileira foi detido na última quinta-feira (14), trata-se de Joelton Gusmão de Oliveira, 47 anos. Ele foi detido na cidade de La Plata, 60 km ao sul de Buenos Aires. Gusmão havia sido condenado há 17 anos de prisão. Há um ano, o ministro Alexandre de Moraes mandou soltar Joelton para cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica. Conforme a decisão, ele estava proibido de sair do país.
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A justiça da Argentina também capturou o empresário bolsonarista Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, de 34 anos. Preso em flagrante pelos atos golpistas, Freitas havia sido condenado pela justiça há 14 anos de prisão. Ele estava em liberdade provisória em sua cidade natal de Marília (interior de São Paulo), e cumprindo medidas cautelares como uso da tornozeleira e proibido de deixar o país. O condenado é foragido da justiça brasileira desde abril de 2024, quando a polícia perdeu o sinal de sua tornozeleira eletrônica.
Ataques de 8 de janeiro em Brasília
No dia 8 de janeiro de 2023, milhares de apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram, depredaram e destruíram quase por completo edifícios do governo em Brasília. A ação dos criminosos se deu por volta das 13h (Horário de Brasília), por não aceitarem a derrota do ex-presidente. Lula e Bolsonaro não estavam em brasileira no momento da invasão.